Tecnologia e relações humanas

E agora? Como a tecnologia vai mudar a Construção e as Relações Humanas?

Este é um texto que escrevi antes de toda esta pandemia começar. Não imaginei que iríamos testar este novo cenário tão cedo! Hoje trago um texto provocativo. Na verdade, trouxe mais perguntas do que respostas. Tecnologia mudando a Construção e as Relações Humanas. Comentem!

E se pensarmos um futuro mais distante?

Atualmente vemos edifícios cada vez mais arrojados, mais alinhados com nossas necessidades, com formas orgânicas, impossíveis de serem projetados ou construídos com as ferramentas que tínhamos antes! Um novo modo de projetar em  3D+Informação, que é o BIM. Ainda esta mesma tecnologia permite cada vez mais a transmissão de dados, informações, imagem e som antes impossíveis.

E isto é só o começo!

O que mais esta tecnologia vai nos permitir mais adiante, quanto às características das edificações? Novos materiais? Novas soluções, agora testadas em simulações de baixo custo? O que a imaginação dos arquitetos nos reserva? Quais novas composições, novas soluções podem surgir desta inovação?

Mas, e se pensarmos um pouco mais longe?

Vamos imaginar que as opções de interação entre as pessoas está mudando: temos hoje muitas empresas que permitem que seus funcionários trabalhem remotamente – home office. Resultados: Escritórios com menos posições de trabalho e mais salas de reuniões, o que, como consequência deveria trazer residências com áreas de escritório mais robustas.
Nas fábricas, cada vez mais os robôs monitorados farão o trabalho repetitivo e pesado, não necessitando da nossa presença, a não ser para inovações!
As lojas, agora virtuais, se transformarão em imensos centros de distribuição?
No urbanismo, teremos menos pessoas se locomovendo ao trabalho diariamente, será que precisaremos de menos ruas? As pessoas não precisarão mais morar perto do trabalho, teremos menos cidades adensadas?

E se pensarmos mais longe ainda?

Os edifícios de escritório vão desaparecer, pois nem mais as reuniões serão necessárias, substituídas por conexões totalmente tecnológicas entre os indivíduos, onde podemos utilizar as novas realidades virtuais e aumentadas, com todos os dados em nuvem?
Neste caso sobrarão só as residências, dispersas e ligadas por potentes internets? Bibliotecas e estantes de livros não existirão mais, tudo estará na nuvem! A cidade deixa de existir?
Até mesmo a nossa mesa de trabalho vai sumir: com os computadores diminuindo, e tornando-se relógios, óculos e outros modos de comunicação, será que vamos aprender e trabalhar caminhando, ou deitados, ou então enquanto praticamos atividades físicas? Hoje movimentos dos olhos já indicam a computadores os desejos de pessoas com deficiências, como nos comunicaremos com a nova tecnologia?

E por fim, o que mais me faz pensar é como as pessoas vão se relacionar: Vão se encontrar somente para o lazer? Trabalhar e aprender já não vão mais reunir as pessoas. Ou será que não vão mais se encontrar, somente virtualmente – como quase vemos alguns jovens hoje? Como será o espaço de moradia no futuro? Como será o trabalho no futuro?

Neste caso, as relações humanas também vão mudar drasticamente! Será que deixaremos de sair de casa? Teremos somente amigos virtuais? Ou nascerão novas relações, e novos motivos para encontrar pessoas?

Deixo a provocação, e aguardo seus comentários!

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